terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Rescaldo do clássico




No último Domingo assistimos a uma boa partida de futebol, se os primeiros 20 minutos fossem acompanhados pelos restantes 70 teríamos presenciado um jogo histórico, mesmo assim não há razão de queixa. Houve golos e intensidade de parte a parte, o empate ajusta-se pela falta de oportunidades da equipa azul e branca, e pela incapacidade de jogar no meio campo adversário, dos encarnados.

 Na previsão do encontro, pela primeira vez nos últimos jogos entre estes adversários, considerei o Benfica favorito. As últimas exibições dos homens de Jesus mostraram que o poder de fogo da equipa é enorme, seja nas alas ou no centro do ataque, este Benfica tem opções e qualidade para todos os gostos. A equipa de Vítor Pereira, por seu turno, começou 2013 numa rotação algo baixa com as vitórias a surgirem pela margem mínima; esta máquina portista apesar de bem oleada e segura no jogo peca na vertente ofensiva, onde depende muito de Jackson e James, que estando lesionado era a maior baixa do encontro. Como o lugar onde nos sentimos melhor é no nosso lar, os 60 mil adeptos do "inferno" da Luz, seriam outro fator vantajoso para a equipa de Lisboa.

 Contudo, já se sabe que no futebol as previsões apenas são importantes para encher os jornais e entreter os adeptos, pois cada jogo tem uma maneira muito própria de se desenrolar, afinal de contas a magia do futebol está na forma de como este desporto é imune a atos previsíveis. Nesta partida a previsão e o rescaldo estiveram bastante distantes. Analisando os acontecimentos depois do 2-2, pois foi aí que o jogo verdadeiramente começou (ou por outras palavras, que a "batalha" tática verdadeiramente começou), houve alguma supremacia azul e branca. Apesar dos quatro golos, a defesa das águias superou o ataque dos dragões, e o ataque das águias foi superado pela defesa dos dragões, porém no meio campo o Porto ganhou, e conseguiu impor a sua posse de bola  e o ritmo de jogo que quis. Desta maneira a partida ficou mais lenta e fechada, impedindo os encarnados de explorar a sua verticalidade e o ataque rápido, e colocar a bola nos espaços vazios. No conto geral, viu-se um Porto mais seguro de si e despreocupado com as bancadas, e um Benfica a jogar mais em esforço sem aproveitar o fator casa.

 Tudo isto podia ter sido diferente se ao minuto 77 Cardozo tivesse concretizado a grande oportunidade do encontro, já que essa foi a grande falha dos azuis e brancos, conseguiram controlar mas não objetivar esse controlo. No campo das oportunidades foi o Benfica mais forte.



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