sábado, 24 de dezembro de 2011

Último Reduto: 2011 Azul Vivo


Está aí o último reduto de 2011. Em plena pequena área, esta é uma altura para balanços também no futebol, onde os adeptos olham para o ano que passou e para os resultados das suas cores clubísticas. Esta é uma análise indelevelmente marcada pelo azul das numerosas conquistas do FC Porto, e na qual o verde e o encarnado surgem inevitavelmente esbatidos.

O primeiro caso é o de um clube que teve em 2011 mais uma época de glória. Comandados por um treinador de liderança tão curta quanto inesquecível, os “dragões” venceram praticamente tudo o que havia em disputa, com destaque para o título nacional resgatado ao Benfica, e para a Liga Europa, importante pelo dinheiro mas sobretudo pelo prestígio internacional que reforçou à organização chefiada por Pinto da Costa. Uma época de sonho, qual ghostbuster que finalmente permitiu ao FC Porto lidar com o fantasma das conquistas de 2003 e 2004, de José Mourinho.
Já o Benfica teve de refrear os ímpetos de uma gloriosa temporada de estreia de Jorge Jesus, quedando-se pela vitória na Taça da Liga. Sem que o trabalho dos da Luz tenha perdido a sua matriz e filosofia, a verdade é que a perda de pedras fulcrais na equipa e sobretudo o advento de um Porto invicto e intratável ditou um desfecho fracassante.
O Sporting assinou aquela que foi, em termos pontuais e exibicionais, uma das piores épocas da história do clube. Desprovidos de garra e munidos de vícios e engasgos que pautaram o futebol verde e branco nos últimos anos, os agentes desportivos de Alvalade deixaram a nu a evidência de uma descredibilização crescente do clube, reflectida na quebra pronunciada de laços entre os adeptos e a equipa. 2011 marcou a assumpção de um futuro em risco no Sporting.
Nota ainda para o perfume minhoto que protagonizou alguns dos melhores momentos deste ano. Nunca mais os adeptos do Sporting de Braga esquecerão uma temporada em que, ao sólido bronze no campeonato se juntou a inédita presença numa final europeia, catapultando os arsenalistas para o reconhecimento definitivo como a quarta potência do futebol nacional e ajudando à causa histórica de uma final europeia 100% portuguesa.

2011 chega ao fim com a Liga ao rubro. A um Benfica igual a si mesmo juntam-se agora um Porto algo descaracterizado e intermitente e um Sporting renovado e empolgado. Com um Braga a parecer perder o comboio da frente, os três crónicos candidatos mantêm intacto o sonho do título. Veremos de que cor será pintado o novo ano.

Um abraço e votos de Feliz Natal para todos os leitores da Futebolista.

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